Com
o coração arredio
Fui
caminhando tranquilo
Buscando
um amor perdido
Encontrei-me
a beira mar.
Com
os pés fincados na areia
Sonhava
sob as estrelas
Cantava
as ondas do mar.
Com
nostalgia no peito
Lembrei
do tempo perfeito
Que
as belezas mais simples
Viviam
a me encantar.
Senti
a brisa no rosto
Ouvi
o cantar dos pássaros
Até
o nascer do sol, o dia anunciar.
Corri
em direção ao mato
Para
na árvore trepar
Comi
o fruto no galho
Para
a fome saciar.
Sorri
sem recato
Como
um tolo que não enxerga
As
belezas a admirar.
E
logo ali do outro lado
Um
moço sorrindo engraçado
Derrabava
árvores, espantava pássaros,
Subia
seus edifícios, sem a vida respeitar.
E
para minha consternação
Naquele
instante percebi
Aquele
moço que estava ali
Era
minha imagem a matar.