(Imagem: Toulouse Lautrec)
Sempre observei seu andar pela rua
Sua dança ao luar prateado
Suas curvas sorrindo para mim
O vento bagunçando seu cabelo quando rodopiavas
Ao som da música orquestrada pelo mar
Respirava seu perfume, exalado de uma flor rara
Guardava seus sorrisos em um filme constante
Um romance clichê, que insiste em passar em minha memória
Chorei cada vez que seu rosto estava triste
E me extasiei com sua alegria
Entreguei meu ser a ti
Sem nada pedir
Sem nada esperar
E fui feliz enquanto te pertenci
Fui paixão, fogo, entrega
Sangue fervente, saliva, suor
Fui beijos, abraços, fui voz e gemidos
Fomos pêlos e pele, fomos dor e paixão
Fomos magia, inspiração
Uma quimera inimaginada e totalmente sem tradução
Somos sem compreensão, a mais pura sensação
Somos traição e amor
Sempre sem comparação
Ardor