quinta-feira, 27 de maio de 2010

ARDOR

(Imagem: Toulouse Lautrec)

Sempre observei seu andar pela rua
Sua dança ao luar prateado
Suas curvas sorrindo para mim

O vento bagunçando seu cabelo quando rodopiavas
Ao som da música orquestrada pelo mar

Respirava seu perfume, exalado de uma flor rara
Guardava seus sorrisos em um filme constante
Um romance clichê, que insiste em passar em minha memória

Chorei cada vez que seu rosto estava triste
E me extasiei com sua alegria
Entreguei meu ser a ti
Sem nada pedir
Sem nada esperar
E fui feliz enquanto te pertenci

Fui paixão, fogo, entrega
Sangue fervente, saliva, suor
Fui beijos, abraços, fui voz e gemidos

Fomos pêlos e pele, fomos dor e paixão
Fomos magia, inspiração
Uma quimera inimaginada e totalmente sem tradução

Somos sem compreensão, a mais pura sensação
Somos traição e amor
Sempre sem comparação
Ardor


3 comentários:

  1. Bem profundo, de uma alma superior que brinca na eternidade com as palavras...Pudesse expressar dessa forma tão bela.
    Parabéns , minha amiga, Darcy Ribeiro poderia dizer tais palavras...Muito bonito esse poema.
    Abraços de
    Anfermam

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  2. Um fio apenas nos une e nos separa . O ardor de uma paixão é isso, ipsis literis e poesia. Lindo demais, Poliana. Abraço grande. Paz e bem.

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  3. garota escrves tão bem e lindo.....
    depois posso postar um tetxo seu lá no meu blog..?


    um xero flor!

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