segunda-feira, 20 de abril de 2009

PASSEIO NO PARQUE



Eu vi uma menina, e sua beleza vinha da alegria de viver.
Vi uma moça, cheia de sonhos que renasciam a cada amanhecer.
Vi uma mulher e sua sabedoria cintilava em atos nobres e gentis.
Vi a fusão de todas, na alma feminina.
A criança cheia de sonhos, a bela mulher e a nobre e gentil moça.
E estático, encantado, contemplei aquela imagem.
Nascida para ser adorada com seus traços únicos femininos.





Uma jovem parecia chorar em uma tarde, enquanto eu passeava pelo parque, passei a observa-la e a me perguntar;
Quais segredos, dores, mágoas, aqueles tristes olhos guardavam?
A tristeza havia se apossado daquela criatura tão insignificante e ao mesmo tempo tão bela e sorridente. Observei que alguns sorrisos são esconderijos para mágoas e feridas de difícil cicatrização, a alma daquela pequena estava sangrando, tornando-a uma matéria morta e com uma enigmática vitalidade.
— O que ela teria percebido da realidade desse utópico mundo, onde as pessoas vivem de sonhos?
Estariam os seus estagnados?
Tentei ajudá-la, não consegui mover-me, vê-la em seu estado de agonia, naquela insanidade me fez chorar e aos prantos percebi o quanto o mundo é real, e a realidade é dolorosa.
E pasma percebi que aquela jovem, havia sugado minha essência, meu ser, e após uma fusão passamos a ser uma só pessoa, eu e aquela desconhecida uma só alma.
Na verdade sempre fomos unidas, só não enxergávamos a verdade, talvez você se encontre em um passeio no parque.

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